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Anticoncepcionais e tromboses

Esta é uma associação infelizmente não tão rara. Dependendo do tipo de trombofilia, o risco relativo de fenômenos tromboembólicos associados aos anticoncepcionais, podem estar aumentados de 16 a 30. ( Martineli et al, 2003).

Na internet circulam dados de pacientes com tais eventos, alertando as usuárias de etinilestradiol + ciproterona e etinilestradiol + drospirenona. Não sabem que qualquer anticoncepcional pode apresentar risco quando da presença de trombofilia. Seria muito importante pesquisar a presença de trombofilia antes do uso de anticoncepcionais orais.

A Organização Mundial de Saúde proibiu em 2013 o uso de anticoncepcional com estrogênio em pacientes com trombofilia Fator V de Leiden e Fator II de Protombina.

A presença da trombofilia tem contra-indicação, ao mesmo nível (peso), de pacientes que apresentaram infarto, AVC, trombose e embolia pulmonar.

PACIENTE 1
18 anos. Aos 15 anos, no primeiro mês do uso de anticoncepcional oral fez trombose venosa profunda de veia ilíaca e femural, sem diagnóstico por três anos. Quando foi fazer uma cirurgia realizou exames prévios, confirmando trombofilia. Realizado tratamento para proteção, a cirurgia foi feita, sem complicações.

PACIENTE 2
40 anos. Uso de anticoncepcional oral, apresentou AVC com convulsão. Diagnóstico de trombofilia. Risco relativo aumentado em 16 vezes em relação ao uso do anticoncepcional. Esta paciente recebeu orientações gerais (viagens, cirurgias, repousos prolongados, etc.)

PACIENTE 3
Mulher com 25 anos, embolia pulmonar aos 24 anos, portadora de enxaqueca frequente, fazia uso de anticoncepcional oral, fez embolia pulmonar bilateral. Na gestação, esta paciente tem um risco relativo aumentado para eventos tromboembólicos em 52% (5100% a mais) (Am J Obstet Gynecol 2006; 194(5):1311-5), engravidou, fez o tratamento para trombofilia e em setembro de 2016 nasceu uma menina saudável e sem intercorrências tromboembólicas.

PACIENTE 4
Mulher com 24 anos, em setembro de 2006 trombose de veia femural e ilíaca esquerda, portadora de enxaqueca com fotofobia. Fazia uso de anticoncepcional oral. Portadora de trombofilia hereditária e adquirida. Em tratamento para prevenção de eventos tromboembólicos e atualmente sem enxaqueca.

PACIENTE 5
Mulher com 28 anos, enxaqueca desde a adolescência, com fotofobia, náuseas, amaurose fugaz. Ressonância RM de encéfalo, extensa área de encefalomalácia, parieto-temporal esquerda. Usuária de anticoncepcional e portadora de trombofilia hereditária e adquirida. Em novembro de 2016 nasceu uma menina saudável, sem eventos tromboembólicos. Atualmente sem enxaqueca.

PACIENTE 6
Mulher com 28 anos, enxaqueca desde a adolescência, com fotofobia, náuseas, amaurose fugaz, e quando do AVC ficou 3 horas sem visão total. Ressonância RM de encéfalo, extensa área de encefalomalácia, parieto-temporal esquerda. Usuária de anticoncepcional e portadora de trombofilia hereditária e adquirida. Em novembro de 2016 nasceu uma menina saudável, sem eventos tromboembólicos. Atualmente sem enxaqueca.

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